BRASÍLIA – O deputado federal Capitão Alberto Neto cobrou do Ministro da Defesa, Jose Mucio, informações sobre a recente aquisição, da maior reserva de urânio do país, localizada em Presidente Figueiredo, aproximadamente 100 km de Manaus (AM), pela China Nonferrous Trade Co. Ltd., subsidiária do China Nonferrous Metal Mining Group Co.
Defensor do desenvolvimento sustentável do estado, o parlamentar quer esclarecimentos sobre o processo de compra, estudos de impacto econômico, social e ambiental de exploração da reserva por empresa estrangeira, possível benefício financeiro do governo, controle de exploração de recursos naturais e à soberania nacional, entre outros questionamentos.
De acordo com o deputado a venda da mina do Pitinga, até então de propriedade da Mineração Taboca, levanta uma reflexão sobre a gestão dos recursos estratégicos e a necessidade de políticas públicas que promovam o desenvolvimento sustentável, respeitando a soberania e assegurando que os benefícios das riquezas naturais sejam compartilhados por todos os brasileiros.
"A transferência de uma reserva dessa magnitude para controle estrangeiro nos faz refletir sobre a capacidade de gerir e proteger nossas riquezas naturais. A reserva é reconhecida não apenas pela abundância de urânio, mas também pela presença de outros minerais valiosos, como tântalo, nióbio, estanho e tório, elementos essenciais em diversas indústrias de alta tecnologia. A exploração responsável desses recursos poderia impulsionar significativamente o desenvolvimento econômico e tecnológico do Brasil", afirmou.
Para Alberto Neto o governo brasileiro, em colaboração com as autoridades estaduais do Amazonas, precisa reavaliar os termos do acordo e assegurar que a exploração da reserva traga benefícios tangíveis para a população local e para o desenvolvimento nacional, garantindo que os interesses do Brasil sejam priorizados.
"É essencial que haja total transparência em relação aos impactos ambientais e sociais decorrentes dessa operação. O urânio é um recurso estratégico, fundamental tanto para a geração de energia nuclear quanto para aplicações na indústria de defesa. Além disso, a região amazônica, com sua biodiversidade única, exige cuidados especiais para que o progresso econômico não comprometa seu equilíbrio ecológico", declarou.
O parlamentar lembrou ainda, que no governo Bolsonaro, havia uma ênfase clara na proteção da soberania nacional e no controle brasileiro sobre nossas riquezas naturais, inclusive na abordagem em relação aos recursos estratégicos da Amazônia. Políticas foram implementadas visando fortalecer a fiscalização e garantir que a exploração desses recursos beneficiasse diretamente o país e sua população.
"O governo atual tem adotado uma postura mais permissiva, deixando que que empresas estrangeiras assumam o controle de ativos estratégicos sem a devida transparência ou garantias de benefícios concretos para o Brasil. Precisamos revê com urgência a gestão dos recursos estratégicos, pois o Brasil é muito rico e essa riqueza precisa ser usada de forma sustentável em benefício do nosso povo", concluiu Capitão Alberto Neto.
Fotos – Arquivo assessoria