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O emocional tem relação direta com todo o corpo, podendo influenciar o funcionamento de vĂĄrios órgãos, como o intestino. Pesquisas mostram que a influĂȘncia acontece dos dois lados, jĂĄ que o intestino tem um sistema nervoso próprio, que se comunica diretamente com o cérebro. Dessa forma, distúrbios gastrointestinais podem ser tanto a causa, quanto o resultado de problemas emocionais. A ansiedade pode causar sintomas como diarreia ou constipação, enquanto o estresse crônico pode levar a inflamações e doenças no intestino.
Cuidar da saúde intestinal é essencial para manter um equilíbrio emocional saudĂĄvel, conforme mostram os estudos. Para isso, o consumo de produtos específicos para cuidar da microbiota intestinal, como o Psyllium, é indicado como alternativa.
De acordo com um estudo do Instituto Max Planck de Cibernética Biológica, em TĂŒbingen, na Alemanha, o cérebro, quando estĂĄ sob estresse, estimula a liberação de hormônios que podem desencadear condições intestinais, como a doença inflamatória intestinal. Além disso, certas bactérias presentes no intestino podem liberar sinais químicos que afetam o cérebro e o comportamento. Por isso, é comum a dor de barriga antes de um momento especial, como um encontro, uma prova na faculdade, uma apresentação de trabalho ou uma viagem.
Em entrevista à imprensa, o imunologista PhD pela Universidade de São Paulo (USP), Gustavo Cabral, afirma que emoções intensas e prolongadas tĂȘm o potencial de modificar o funcionamento normal do trato digestivo de diferentes maneiras. O estresse emocional, explica o profissional, pode induzir a produção de ĂĄcido gĂĄstrico, exacerbando condições como gastrite e úlceras pépticas.
Outro estudo, publicado na National Library of Medicine, foi realizado com um grupo de camundongos, sendo uma parte dele com sinais de depressão e outra não. Os estudiosos tiveram como tópico central a microbiota dos animais e resolveram fazer transplantes para entender sobre a conexão entre o emocional e o intestinal.
De acordo com o estudo, quando o grupo de camundongos não depressivos recebeu um transplante de microbiota do outro grupo, todos passaram a desenvolver comportamentos depressivos. A partir disso, a pesquisa constatou que o intestino tem papel importante no desenvolvimento de doenças mentais.
Ainda conforme os pesquisadores, quando a microbiota estĂĄ alterada, ocorre uma condição chamada disbiose, que estĂĄ associada à depressão e à ansiedade. Como alguns componentes alimentares tĂȘm a capacidade de restaurar o equilíbrio da flora intestinal, o uso no dia a dia pode auxiliar no tratamento e prevenção de doenças que afetam a mente.
InterferĂȘncia da alimentação
HĂĄ diferentes componentes alimentares que podem ser utilizados para auxiliar o intestino e a saúde mental. Em entrevista à imprensa, a nutricionista Samantha Rhein explica que a alimentação deve ser feita cuidadosamente para garantir um bom funcionamento da microbiota intestinal.
A profissional destaca que uma alimentação com predomínio de cereais integrais, frutas, verduras, legumes e leguminosas é considerada rica em fibras alimentares, um componente importante para a saúde intestinal. As fibras, como o Psyllium, podem ser incorporadas na alimentação do dia a dia.
HĂĄ alguns componentes que, apesar de não serem tão conhecidos para essa finalidade, também podem ajudar. Estudos esclarecem para que serve a vitamina D3 e a sua relevância para manter uma boa saúde do intestino.
Um artigo da University of Arkansas for Medical Sciences, publicado no Manual MSD, explica que a vitamina D3 é a forma mais ativa da vitamina D e é importante para a saúde intestinal, pois ajuda a manter a barreira intestinal e a controlar a inflamação. A deficiĂȘncia de vitamina D pode agravar os sintomas de doenças intestinais, como a Síndrome do Intestino IrritĂĄvel (SII).
Samantha também orienta que sejam incluídos na alimentação probióticos (lactobacillus), ĂĄcidos graxos insaturados e polifenóis, além de ter atenção à ingestão de ĂĄgua para garantir um bom funcionamento do intestino.