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Pesquisa: cibersegurança ainda não é prioridade em empresas
Uma empresa desprotegida contra ameaças cibernéticas pode estar sujeita a diversas consequências negativas, que vão de perda de dados confidenciais até pagamento de multas, explica especialista

Um levantamento da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) constatou que menos de metade (44,2%) das empresas industriais possui uma estrutura organizacional de segurança cibernética ou de informação. Além disso, 52,4% das empresas industriais não tratam a cibersegurança como prioridade, apesar de enxergarem como algo necessário.
Entre as 233 empresas que responderam à pesquisa, 28,3% já sofreram algum tipo de ataque cibernético. A maioria das invasões teve como objetivo paralisar as operações do negócio, ao passo que também foram registrados ataques com o propósito de acessar ou extrair segredos da companhia, dados de clientes e de colaboradores.
“Muitas empresas, especialmente pequenas e médias, ainda hesitam em investir em segurança cibernética por uma combinação de fatores que envolvem custos, falta de conhecimento e uma percepção equivocada sobre riscos”, analisa Lyniker Aoyagui, gerente sênior de projetos da Samsung SDS, braço de tecnologia da informação e logística do Grupo Samsung.
Aoyagui explica que uma empresa desprotegida contra ameaças cibernéticas está sujeita a diversas consequências negativas. Algumas delas são: perdas financeiras diretas (inclusive com solicitação de resgate em dinheiro por parte dos criminosos), extravio de dados confidenciais, comprometimento da propriedade intelectual (como patentes e projetos em andamento), danos à reputação e até mesmo a cobrança de multas.
“A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) exige que as empresas protejam os dados pessoais dos clientes e notifiquem incidentes de segurança. Uma empresa que negligencia essas obrigações pode ser multada em até 2% do faturamento anual, limitada a R$ 50 milhões por infração”, alerta Aoyagui.
Existe ainda o risco de redução no valor de mercado, diz o especialista. Isso porque empresas com ações públicas podem sofrer com a desvalorização após um incidente de segurança, com investidores vendo negócios vulneráveis como um risco maior.
“Essas consequências reforçam a importância de medidas preventivas de segurança, que, apesar de representarem um investimento inicial, podem evitar prejuízos e proteger os interesses da empresa”, salienta Aoyagui.
Uso de IA em ciberataques
O executivo da Samsung SDS considera que o uso de inteligência artificial (IA) em ciberataques é visto atualmente como um dos maiores desafios da área. A tecnologia é capaz de aumentar a sofisticação, a velocidade e a precisão dos ataques, tornando-os mais difíceis de detectar e combater.
Alguns ataques e fraudes imitam com precisão o comportamento humano, como em uma conversa entre duas pessoas. Um exemplo, segundo Aoyagui, são os deep fakes, que usam IA para manipular vídeos, áudios e imagens que podem enganar até sistemas de autenticação facial ou vocal.
“A complexidade e capacidade de aprendizado da IA tornam essencial que a defesa cibernética também evolua e adote tecnologias baseadas em IA para detectar e responder a ameaças mais avançadas. Dessa forma, tanto empresas quanto governos precisam investir em tecnologias que contrabalancem essas ameaças, com IA voltada para identificar padrões anômalos e proteger sistemas em tempo real”, destaca.
Samsung SDS desenvolve tecnologias para segurança e compliance
Aoyagui acrescenta que, diante desse cenário de riscos crescentes, a Samsung SDS desenvolveu soluções próprias que ajudam a minimizar os riscos de ciberataques. Entre elas, destaca-se a Enterprise Mobility Management (EMM), uma ferramenta estratégica que permite às empresas gerenciar dispositivos móveis de forma centralizada, aplicando políticas de segurança para a proteção de dados corporativos. “Essa solução pode se tornar especialmente vital para setores que demandam o mais alto nível de segurança e conformidade regulatória, como o bancário, onde a adesão à normativas como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e as exigências do Banco Central (BACEN) é imperativa”, explica.
A EMM, portanto, visa garantir que a mobilidade empresarial ocorra com total segurança e em conformidade com os requisitos legais, mitigando riscos de forma eficaz.
Outro exemplo citado por Aoyagui é o Knox Solutions, solução projetada para oferecer segurança aos dispositivos móveis com autenticação de múltiplos fatores, além de proteção de aplicativos e isolamento de dados.
“A Samsung SDS utiliza tecnologias de automação para ajudar as empresas a gerenciar suas configurações de segurança e compliance, detectando configurações incorretas que possam abrir brechas de segurança. Essa automação é especialmente útil em ambientes de TI complexos, onde a configuração manual pode levar a erros”, informa.
Há ainda a Cloud Security Solutions, que protege a infraestrutura e os dados em ambientes multicloud, incluindo gerenciamento de identidade e controle de acesso, criptografia de dados e monitoramento de ameaças.
Como ressalta Aoyagui, as empresas devem buscar soluções que combinem IA, automação e análise de dados para fortalecer a segurança cibernética. Os negócios devem também se preocupar com a capacitação da mão de obra, treinando os seus funcionários para identificar possíveis ameaças e agir corretamente frente aos ciberataques, orienta o especialista Samsung SDS.
Para saber mais, basta acessar: https://www.samsungsds.com/la/index.html
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