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Empresa destaca os cuidados com a instalação do aparelho de ar-condicionado
De acordo com o consultor técnico da COBRECOM, que fabrica fios e cabos elétricos de baixa tensão, uma instalação elétrica mal planejada pode reduzir a vida útil do aparelho, aumentar o consumo de energia e até causar choques elétricos, curtos-circuitos e incêndios

Instalar um ar-condicionado vai muito além de escolher o modelo com potência ideal para o ambiente. É preciso atenção redobrada com relação à segurança e eficiência das instalações elétricas. Mais do que conforto térmico, é fundamental garantir que o aparelho funcione sem riscos de sobrecarga ou acidentes de origem elétrica.
A escolha correta dos fios e cabos elétricos, o perfeito dimensionamento do circuito e seguir as determinações das normas técnicas são essenciais para garantir a eficiente operação do ar-condicionado. Pequenos descuidos podem comprometer não só o desempenho do equipamento, como também a segurança da instalação.
“A instalação elétrica deve ser planejada para suportar a potência do equipamento e devem ser previstas as medidas de proteção contra os choques elétricos. Isso envolve a utilização de circuito exclusivo, disjuntor compatível, cabos dimensionados corretamente, uso de dispositivos DR e aterramento eficiente, tudo isso conforme as prescrições da norma ABNT NBR 5410 (Instalações Elétricas de Baixa Tensão)”, ressalta o professor e engenheiro eletricista Hilton Moreno, que também é consultor técnico da COBRECOM.
O profissional ainda esclarece que a potência do ar-condicionado, junto com a tensão elétrica na qual ele será ligado, determinam qual é a corrente elétrica que circulará pelo circuito.
Segundo Hilton Moreno, alguns erros no projeto e instalação de ar-condicionado incluem: usar cabos de seção nominal inadequada; execução malfeita de conexões entre condutores e de condutores com terminais de dispositivos de proteção e tomadas de corrente; falta ou má execução de aterramento; não utilização de dispositivos DR.
Dimensionamento do circuito elétrico do ar-condicionado
De acordo com Hilton Moreno, qualquer circuito deve ser dimensionado conforme os critérios da NBR 5410 para garantir a segurança das pessoas e do patrimônio e o circuito do ar-condicionado não é diferente.
“O dimensionamento adequado garante que os cabos e o disjuntor suportem a corrente elétrica do aparelho, sem sofrer sobreaquecimento, evitando assim riscos de curto-circuito, incêndio ou queima do equipamento, além de gasto desnecessário de energia elétrica. E, a escolha correta do dispositivo DR e dos componentes do aterramento reduzem significativamente a possibilidade de choques elétricos graves”, esclarece o consultor técnico da COBRECOM.
Tomadas de uso exclusivo
Cada aparelho de ar-condicionado deve ter uma tomada de corrente exclusiva, com dois polos e terra, que será de 10 A ou 20 A (amperes) em função da corrente elétrica do aparelho.
Hilton Moreno adverte que conectar o ar-condicionado junto com outros aparelhos na mesma tomada de corrente usando os chamados benjamins (ou tês), ou usando régua de tomadas, pode causar sobrecarga da tomada ou da régua, aquecimento dos cabos da instalação elétrica e/ou da régua de tomada, resultando em princípios de incêndios.
Escolha dos cabos elétricos
Os tipos de cabos elétricos que alimentam os aparelhos de ar-condicionado, sejam de janela ou split, devem atender as prescrições da norma NBR 5410 sobre instalações elétricas de baixa tensão. Tais cabos incluem os condutores isolados (cabos 450/750 V) e os cabos unipolares ou multipolares (0,6/1 kV), que devem ser instalados em condutos fechados (eletrodutos, eletrocalhas, entre outros) ou condutos abertos (bandejas, leitos, entre outros).
“O cálculo da seção nominal dos cabos elétricos de um determinado circuito, sejam eles de aparelhos de ar-condicionado ou não, começa pela determinação da chamada “corrente de projeto”, que é função da tensão nominal da instalação à qual o aparelho será ligado (127, 220, 380 V, etc.) e da potência nominal do aparelho. Além dessa corrente, devem ainda ser considerados outros aspectos na determinação da seção nominal, como queda de tensão, sobrecarga e curto-circuito”, explica Hilton Moreno.
Hilton Moreno ainda enfatiza que, quando a seção nominal de um cabo é inferior à seção necessária e o disjuntor que protege esse cabo está corretamente dimensionado, sempre haverá desligamento do disjuntor para evitar que o cabo sofra uma sobrecarga, que poderia resultar em aumento das perdas elétricas (e da conta de luz), além da queima do cabo e possível incêndio.
Cabos PP nunca devem ser usados
Segundo as normas da NBR 5410, o cabo PP com tensão nominal até 750 V (geralmente oferecido na tensão 500 V) e fabricado conforme a norma ABNT NBR 247-5, não é permitido ser utilizado nas instalações fixas, que são aquelas que incluem os quadros elétricos, linhas elétricas, tomadas de corrente, luminárias, entre outros.
Além disso, as características e propriedades físicas, químicas e mecânicas dos cabos PP, são completamente diferentes das dos cabos recomendados para as instalações fixas. Também não possui propriedades antichama, que é um atributo exigido nos cabos mais comuns para uso geral nas instalações elétricas fixas.
“O cabo PP 500 V somente pode ser utilizado quando especificado e incorporado pelo fabricante ao próprio aparelho ou em extensões. Sobre esse tema, observa-se no mercado uma prática que vai contra a NBR 5410, que é a utilização de cabo PP 500 V para a ligação entre a unidade condensadora e a unidade evaporadora dos aparelhos do tipo split”, destaca Moreno.
Instalação do ar-condicionado em imóveis prontos
Hilton Moreno explica que nesses casos, é indispensável avaliar a instalação elétrica existente, pois na maioria dos casos, casas e apartamentos antigos não foram projetados para suportar cargas de aparelhos de ar-condicionado.
“Uma análise técnica prévia evita riscos de sobrecarga na instalação que podem levar a desligamentos frequentes, gasto excessivo de energia e, em situações críticas, até a princípios de incêndio. Também é preciso checar se os componentes estão em bom estado de conservação, sem desgastes e danos visíveis. Além disso, é muito provável que a colocação do ar-condicionado resulte na necessidade de instalação de novo circuito, o que deve ser precedida de projeto adequado”, completa o profissional.
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