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Estudo cita complicações pós-operatórias da gluteoplastia

Uma abrangente revisão integrativa de 100 artigos científicos, publicada em 2024, destaca a gluteoplastia com implantes no plano intramuscular como uma técnica de baixa incidência de complicações, segura e reprodutível, reforçando a previsibilidade dos resultados estéticos

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Estudo cita complicações pós-operatórias da gluteoplastia

Um estudo de revisão integrativa recente, intitulado “As complicações pós-operatórias da Gluteoplastia: Uma revisão integrativa“, publicado em 2024 na Revista Contemporânea, analisou um universo de 100 artigos científicos divulgados entre 2012 e 2024. O objetivo foi identificar as principais complicações pós-operatórias da gluteoplastia, destacando causas, prevalência e estratégias de prevenção.

A pesquisa selecionou seis artigos para análise aprofundada e concluiu que a gluteoplastia, quando realizada com técnicas adequadas e por profissionais experientes, apresenta índices relativamente baixos de complicações. O estudo reforça a segurança da técnica intramuscular, considerada a mais previsível e com melhores resultados estéticos, pela capacidade de garantir controle anatômico e reprodutibilidade.

Segundo os dados apresentados, as taxas de complicações locais incluem seromas (5,1%), hematomas (2,7%), infecções (4,6%), deiscência de sutura (3,8%) e necrose tecidual (1,2%). Em relação às complicações sistêmicas, a tromboembolia pulmonar foi observada em 0,4% dos casos analisados, sendo considerada rara, mas de alto risco para mortalidade. A literatura revisada também aponta que a mortalidade associada ao procedimento varia entre 1 a cada 3.000 e 1 a cada 5.000 cirurgias, evidenciando a necessidade de protocolos rigorosos de segurança.

O relatório ainda destaca complicações específicas, como problemas relacionados ao posicionamento de implantes de silicone, observados em (2,1%) dos casos, incluindo deslocamentos e rotações. Já dores crônicas e desconfortos prolongados foram relatados por (6,5%) dos pacientes. Esses dados demonstram que, além dos riscos imediatos, há consequências de médio e longo prazo que afetam diretamente a qualidade de vida dos indivíduos submetidos à cirurgia.

Outro ponto enfatizado pela revisão é a diferença entre técnicas cirúrgicas. Procedimentos que envolvem lipoenxertia em grandes volumes apresentaram maior risco de complicações graves, como embolia gordurosa, quando comparados à técnica intramuscular com implantes de silicone. Essa constatação reforça que a seleção da técnica adequada deve levar em conta não apenas a expectativa estética do paciente, mas principalmente a segurança e a viabilidade clínica do procedimento.

O Dr. André Ahmed, cirurgião plástico especialista em gluteoplastia, avaliou os achados do estudo e destacou a relevância da técnica intramuscular. “A capacidade de posicionar o implante de forma precisa e segura sob o músculo glúteo não apenas otimiza o resultado estético, tornando-o mais natural e menos palpável, mas também reduz significativamente a incidência de complicações graves. Esta revisão integrativa reforça a evidência científica que suporta a segurança dessa técnica quando conduzida por profissionais qualificados”, afirmou.

Diante das conclusões, a publicação ressalta a importância da conscientização entre pacientes e profissionais da saúde. O estudo indica que a escolha criteriosa da técnica, o uso de implantes de qualidade e o acompanhamento pós-operatório adequado são fatores decisivos para minimizar riscos. Especialistas defendem que mais pesquisas multicêntricas sejam conduzidas para consolidar evidências e padronizar protocolos de segurança, garantindo resultados satisfatórios e mais seguros para os pacientes.

Além do estudo observado, verificam-se outros procedimentos adotados para este tipo de cirurgia plástica. Conforme publicado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), o uso do PMMA em procedimentos estéticos, especialmente em grandes volumes nos glúteos, está associado a complicações graves, como necroses, infecções e até óbitos, além da extrema dificuldade de remoção do produto uma vez aplicado. A entidade recomenda que o material não seja utilizado para fins estéticos, destacando que a gluteoplastia com implantes de silicone segue sendo a opção mais segura e respaldada por evidências científicas.

Outro ponto levantado por estudos recentes é a utilização do enxerto de gordura autóloga, técnica popularizada pelo chamado Brazilian Butt Lift (BBL). Um estudo de revisão sistemática publicado no Journal of Plastic, Reconstructive & Aesthetic Surgery avaliou 1.788 procedimentos e identificou taxas de complicações como seromas (6,9%), infecções (3,0%) e parestesia ciática transitória (1,0%), além de risco significativo de embolia gordurosa quando a gordura é injetada em planos profundos. A pesquisa conclui que, embora o enxerto de gordura ofereça resultados naturais, os riscos associados à sua aplicação inadequada tornam a técnica mais imprevisível e potencialmente perigosa quando comparada ao uso de implantes.

De forma conclusiva, o Dr. André Ahmed reforçou que o maior desafio é alinhar expectativas estéticas com práticas seguras. “O desejo por resultados rápidos e volumosos não pode se sobrepor à segurança do paciente. A gluteoplastia pode, sim, oferecer excelentes resultados, mas precisa ser conduzida com responsabilidade técnica e ética. Quando esses princípios são respeitados, é possível reduzir os riscos, entregar beleza e preservar a saúde, que deve ser sempre a prioridade”, concluiu o especialista.

Mais detalhes em: https://www.youtube.com/watch?v=gnnGueFIGaU


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