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Estudo aponta dados sobre confiança do empresário industrial
De acordo com o relatório, apenas quatro setores industriais permaneceram acima da linha de 50 pontos, que sinaliza confiança, enquanto os outros 25 revelaram falta de confiança para os próximos seis meses.

Segundo os dados apresentados do Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) registrou queda em agosto de 2025 em todos os portes de empresas — pequenas, médias e grandes. O levantamento indica que apenas quatro setores industriais permaneceram acima da linha de 50 pontos, que sinaliza confiança, enquanto os outros 25 revelaram falta de confiança para os próximos seis meses. A pesquisa foi realizada entre 1º e 12 de agosto, com 1.818 empresas de diferentes portes.
Conforme informado na publicação, os setores que mantiveram confiança foram Farmoquímicos e farmacêuticos (57,9 pontos), Extração de minerais não metálicos (51,7 pontos), Bebidas (50,8 pontos) e Máquinas e materiais elétricos (50,6 pontos). No entanto, segmentos como Manutenção e reparação (42,7), Madeira (42,4), Produtos de borracha (42,3) e Metalurgia (40,2) ficaram entre os menos confiantes do mês, mostrando retração em comparação a julho.
Relatório aponta dados que evidenciam um recuo disseminado entre diferentes ramos da indústria. Dos 29 setores avaliados, 20 apresentaram queda, incluindo os de Calçados e suas partes, Impressão e reprodução e Manutenção e reparação, que migraram de confiança para falta de confiança em agosto. A Indústria de transformação, por exemplo, caiu de 47,7 pontos em julho para 46,2 pontos em agosto, reforçando a tendência negativa.
José Antônio Valente, diretor da empresa de locação de equipamentos para construção civil, Trans Obra, afirmou que o recuo disseminado da confiança industrial, atingindo 25 setores, mostra que o ambiente de negócios está mais cauteloso e reflete o impacto direto sobre decisões de investimento e expansão. Para o mercado de franquias de aluguel de equipamentos para construção, esse movimento acende um alerta, já que segmentos como manutenção, madeira e metalurgia — que são demandantes de insumos e equipamentos — aparecem entre os menos confiantes. "A retração nessas áreas pode levar a uma desaceleração temporária na procura por locação de máquinas. Por outro lado, setores que mantiveram índices acima dos 50 pontos, como farmoquímicos, farmacêuticos e extração de minerais não metálicos, podem sustentar a demanda em obras específicas, criando oportunidades pontuais para empresas de aluguel de equipamentos que atuam de forma diversificada e regionalizada".
No recorte regional, o ICEI mostrou que apenas a região Nordeste se manteve acima dos 50 pontos, registrando 50,8, ainda que em queda de 0,7 ponto em relação a julho. Já as regiões Norte (47,9), Sudeste (44,5) e Sul (43,6) passaram a apresentar falta de confiança ou aprofundaram esse movimento. No Centro-Oeste, houve leve melhora de 0,2 ponto, atingindo 47,7, mas ainda dentro da faixa que indica pessimismo.
Os resultados também variam conforme o porte das empresas. De acordo com o levantamento, a confiança caiu 0,4 ponto nas pequenas (46,3), 1,2 ponto nas médias (46,0) e 2,0 pontos nas grandes (46,6). Em todos os casos, o índice permanece abaixo de 50 pontos, reforçando o cenário de baixa expectativa em relação ao desempenho do setor industrial nos próximos meses.
A CNI ressalta que o ICEI varia de 0 a 100 pontos, sendo que valores acima de 50 indicam confiança e abaixo de 50 revelam falta de confiança. "Em agosto de 2025, a confiança da indústria caiu entre quase todos os setores e portes de empresas, mostrando uma percepção mais cautelosa dos empresários em relação ao futuro próximo", destaca a publicação. Mais informações e séries históricas estão disponíveis no portal da entidade.
Perguntado sobre o relatório, José Antônio disse que para o setor de franquias de aluguel de equipamentos, isso indica que o planejamento deve considerar uma forte segmentação geográfica: regiões como Sul e Sudeste, com índices mais baixos, tendem a reduzir o ritmo de investimentos, impactando diretamente os contratos de locação. José disse ainda que no Nordeste, mesmo com um recuo, ainda há espaço para negócios e expansão controlada. "A queda mais acentuada na confiança das médias e grandes empresas sugere que o mercado de obras de maior porte pode adiar projetos, enquanto as pequenas, apesar de também retraídas, podem buscar o aluguel como alternativa para reduzir custos de aquisição de equipamentos como por exemplo, o aluguel de andaimes. Ou seja, o cenário exige cautela, mas abre espaço para estratégias diferenciadas no modelo de franquias".
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