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Empreendedorismo ganha força entre os jovens e cresce 25% em 12 anos
Apesar dos desafios, o ecossistema de inovação e a formação acadêmica podem ser aliados para que jovens transformem ideias em negócios

O empreendedorismo tem ganhado força entre os jovens brasileiros. Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), analisado pelo Sebrae, mostram que o número de Donos de Negócio (DN) entre 18 e 29 anos subiu de 3,9 milhões, em 2012, para 4,9 milhões em 2024 – um aumento de 25% no período. Hoje, este grupo representa 16% de todos os empreendedores do país.
“Esse aumento é notável e reflete a mentalidade de jovens que nasceram com acesso amplo à informação e à tecnologia, capazes de transformar ideias em negócios com baixo investimento inicial”, relata Cláudio Carvajal, coordenador do Startup One – programa que substitui o tradicional TCC por um projeto de criação de startups – do Centro Universitário FIAP. “A economia digital cria oportunidades que não existiam antes, permitindo comparar possibilidades de carreira e enxergar o empreendedorismo como uma alternativa real”, acrescenta.
Apesar do crescimento, os jovens ainda enfrentam barreiras para empreender. Segundo artigo publicado pelo SEBRAE, a obtenção de crédito, gestão financeira e capacitação profissional estão entre os principais desafios do empreendedorismo brasileiro. No ambiente acadêmico, iniciativas como o Startup One procuram mitigar essas dificuldades. Segundo Carvajal, a experiência de criar uma startup no ambiente universitário permite aos alunos experimentar todas as etapas da jornada empreendedora – da ideação ao lançamento no mercado – com suporte metodológico e orientação de professores e mentores.
“É comum que os alunos sintam dificuldade na fase de ideação, principalmente quando percebem que já existem empresas atuando em problemas semelhantes. Mas a chave está na forma de executar a solução, em como refinar e oferecer algo diferente. Criatividade e colaboração são fundamentais”, explica o coordenador.
Para o professor, iniciativas acadêmicas e o ambiente digital têm criado condições mais favoráveis para que os jovens tirem ideias do papel. “Ao assumir riscos e propor soluções criativas, essa geração amplia sua participação no mercado e contribui para redefinir o futuro do trabalho e do empreendedorismo no Brasil. Estamos diante de uma geração que não quer apenas ocupar espaços no mercado, mas sim assumir o protagonismo dele”, conclui Carvajal.
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