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ICSC sinaliza boas perspectivas para os consórcios em 2026

Com o Índice de Confiança do Setor de Consórcios atingindo 62,2 pontos no terceiro trimestre, em razão da gradativa desaceleração da economia, há ainda expectativas positivas para o quarto, e de crescimento, com conservadorismo, para o próximo ano

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ICSC sinaliza boas perspectivas para os consórcios em 2026

Em sua oitava avaliação, o Índice de Confiança do Setor de Consórcios – ICSC da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC) atingiu 62,2 pontos em outubro, registrando pequena retração de 1,5 ponto sobre o alcançado em julho, porém, continua acima dos 60 pontos.

O cálculo para os últimos meses do ano, sempre baseado em respostas recebidas, continua sinalizando boas perspectivas para 2026. Ao referenciar os agentes dos mais diversos setores econômicos, consumidores e participantes ativos dos consórcios, o nível de confiança das associadas da entidade permanece otimista.

O economista da ABAC, Luiz Antonio Barbagallo, comentou que “é preciso ressaltar que pequenas variações apuradas no índice são normais e, como desta vez a queda não foi significativa, não indicou alteração nas percepções dos executivos do setor. Novamente, o que puxou o ICSC para baixo, porém, mantendo-o pouco acima dos 60 pontos, foram as impressões sobre a economia brasileira, que vêm apresentando desaceleração e previsão de manutenção de altos níveis de juros para o próximo ano. Vale lembrar que o ICSC é composto de perguntas que envolvem três quesitos: I) sistema de consórcios, II) administradoras e III) economia brasileira. Nas duas primeiras, 99% das respostas foram positivas. Não fosse por isso, seguramente o ICSC estaria em patamar ainda maior”.

Além dos tradicionais indicadores estatísticos divulgados mensalmente, a ABAC informou também que o resultado do ICSC, que anotou pequena retração, não chegou a influenciar nas expectativas setoriais para o final do ano no sistema de consórcios.

Para Barbagallo, “no encerramento do terceiro trimestre de 2025, o ICSC, embora com ligeiro declínio de 1,5 ponto, ficou ainda acima dos 60 pontos, observou duas tendências contraditórias de projeções. Primeiramente, as respostas obtidas sobre a economia brasileira expressaram insegurança, pessimismo e recomendaram cautela fundamentadas no comportamento registrado neste ano, cujo início de involução puxou o ICSC para baixo. No sentido inverso, relativamente ao sistema de consórcios, as administradoras associadas apresentaram, em sua maioria, avaliações bastante positivas, baseadas em aumento da renda média da família brasileira, principal fator para o avanço do mecanismo no último trimestre deste ano e possíveis melhores resultados em 2026”.

O economista avaliou que “a retração apresentada no ICSC demonstrou, a exemplo de outros segmentos da cadeia produtiva, incertezas sobre a economia brasileira em 2026”. Porém, destacou que, “na contramão, especificamente sobre o consórcio, a percepção é de crescimento moderado para o próximo ano”.

No ICSC, a variação de 0 a 100 pontos sinaliza que, estando acima de 50 pontos, indica a confiança dos empresários. Em contrapartida, abaixo de 50 pontos demonstra a falta dela, portanto, mesmo com a diminuição, o ICSC, ao permanecer acima dos 50 pontos, reflete a confiança das administradoras de consórcios associadas à ABAC.

As boas perspectivas para o sistema de consórcios em 2026            

Os indicadores do sistema de consórcios reafirmam a crescente decisão do consumidor pelo mecanismo, anotados pelos consecutivos recordes com decorrente expansão na economia. “Na projeção de encerramento de mais um dos melhores anos da modalidade, nossos estudos computaram diversos aspectos, entre os quais a gradativa diminuição da atividade econômica a partir do segundo semestre deste ano”, completou o economista da ABAC.

Considerando a menor evolução do PIB em virtude da política monetária contracionista, Barbagallo, ao pontuar o resultado do ICSC, acrescido das primeiras perspectivas já divulgadas pelos diversos segmentos produtivos, entende que “2026 será um ano de implementar muita criatividade, persistir na superação de desafios, levar em conta que, dia após dia, mais brasileiros tomam consciência da importância da educação financeira, condição ideal para o crescimento das adesões, negócios e participantes”.

Baseado em suas avaliações e ponderações, Barbagallo sintetizou que “com a vivência deste ano, acreditamos que o sistema de consórcios possa avançar aproximadamente 11,0% em 2026”. 

Ao segmentar a previsão, setor por setor, observam-se estimativas diferenciadas.

Imóveis – Neste setor, a projeção de crescimento é de 25,0% para o próximo ano. Barbagallo destaca ainda que “desde 2019 a média anual de aumento tem sido 21,0% e que, só nos nove meses de 2025, a evolução foi de 32,4%. Com o segmento imobiliário em plena expansão, nada indica que esse quadro seja alterado para 2026”.

Motocicletas – No segmento das duas rodas, os cálculos apontam um avanço de 7%. “Neste ano, as expectativas vêm sendo superadas, tendo crescido 9,2% até setembro, acima da previsão conservadora de 2%”, diz o economista.

Veículos Leves – Trata-se do maior segmento do sistema de consórcios em participantes ativos, cujo crescimento tem se mostrado constante nos últimos anos. “A perspectiva para 2026 é para os mesmos 6% presumidos para este ano”, estima Barbagallo.

Eletroeletrônicos e Outros Bens Móveis Duráveis – “O bom desempenho deste setor deve permanecer em 20% para o próximo ano”, projeta o economista.

Serviços – Após os impactos da pandemia sobre o segmento de serviços, cuja recuperação reiniciou em 2023, houve crescimento de 17,0%, até setembro deste ano, em relação a 2024. Em razão desse comportamento, Barbagallo está sinalizando que a comercialização de cotas de serviços deverá crescer 8,5% em 2026.

Veículos Pesados – “Este setor, único segmento que anotou retração em 2025, após boas performances em 2022 e 2023 e totalização um pouco inferior em 2024, deverá”, segundo o economista, “se manter estável no próximo ano.”

Para atingir estes percentuais, foram associados ainda diversos aspectos como, por exemplo, as influências do mercado externo; manutenção da taxa de juros – embora seja baixa a correlação das flutuações das taxas de juros com o consórcio; possível crescimento de 4% da renda familiar. Todavia, no destaque, a estabilidade prevista no crescimento de vendas de veículos pesados, que reúne máquinas agrícolas, caminhões e outros bens, se apoiou na cautela expressa pelas montadoras devido ao preocupante endividamento e inadimplência recorde do agronegócio, adversidades climáticas e na flutuação das commodities.


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