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Costurar para viver, empreender e ter acesso à cultura
O Projeto Entrepontos, que se realiza até novembro em São Paulo e Jundiaí, apoia e capacita por meio de oficinas de costura, pessoas em situação de vulnerabilidade econômica

Mulheres com dificuldade para conseguir um emprego formal por terem sobrevivido ao câncer, serem mães de filhos com necessidades especiais, ou ainda por morarem em comunidade, serem trans, cadeirantes ou terem deficiência visual parcial. Esse é o público que o Instituto Aflora, uma organização social que apoia e capacita pessoas em situação de vulnerabilidade econômica, busca atender com seu projeto Entrepontos, oficina de costura que está iniciando cursos nas cidades de São Paulo e Jundiaí, sob o patrocínio do Banco Toyota.
Em São Paulo, o curso tem duas turmas de 15 alunas cada e se realiza na Associação Fernanda Bianchini, no Jabaquara, onde funciona a Cia Ballet de Cegos. Em Jundiaí, com uma turma de 20 alunas, o curso acontece no Parque da Uva, em parceria com o fundo social da prefeitura.
“Nossa proposta é atuar no fortalecimento de empreendimentos individuais e grupos produtivos relacionados à costura”, observa Cintia Cavalcante, fundadora do Instituto Aflora, e que desde 2015 desenvolve projetos nessa área. “Nossa equipe é composta por ex-alunas que se tornaram professoras, especialistas em costura e modelagem, gestão financeira, educadores e multiplicadores de conhecimento. Tenho orgulho de ter contribuído com a formação de mais de mil alunos”, acrescenta.
O projeto Entrepontos se enquadra na Lei Rouanet de incentivo à cultura. Os dois cursos que acontecem agora em setembro têm 90 horas de duração e terminam em novembro. O conteúdo dos cursos inclui módulo de ensino de confecção de peças de roupa com foco em técnicas para criar e ajustar, módulo sobre técnicas de empreendedorismo para que a aluna consiga gerir seu negócio, e um módulo de figurino de teatro, para estimular a produção de roupas para o tablado e ao mesmo tempo proporcionar às alunas o acesso à cultura. “Além de ensinar a costurar como um meio para ganhar a vida, utilizamos a cultura como uma alavanca para o desenvolvimento socioeconômico”, completa.
Ao final do curso, as alunas participam de um desafio de moda e figurino, onde criam um figurino de personagem a partir de uma peça básica do guarda roupa. E as três primeiras colocadas ganham máquinas de costura. Como desdobramento de sua proposta de capacitação, Cintia explica que o Projeto Entrepontos está começando a desenvolver um movimento de upcycling para reaproveitamento de uniformes e tecidos, visando a sustentabilidade e a possibilidade de, no futuro, oferecer atividades que se enquadrem na lei de sustentabilidade. Paralelamente ao projeto incentivado, a Aflora executou projetos de compensação ambiental, oferecendo, além da capacitação em costura, mentorias para a formação de uma cooperativa de costureiras para atuar no desenvolvimento de mercado local.
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