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ANS avalia inclusão de tratamento para pacientes com lúpus

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) abriu a consulta pública nº 158 para avaliar a inclusão de uma nova opção terapêutica para pacientes adultos (acima de 18 anos) com lúpus eritematoso sistêmico (LES) que não apresentam resposta adequada às terapias convencionais. Contribuições podem ser enviadas por pacientes, profissionais de saúde e sociedade em geral até 29 de julho de 2025

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ANS avalia inclusão de tratamento para pacientes com lúpus

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), responsável pela regulamentação do sistema privado de saúde, abriu a consulta pública nº 158 para avaliar a inclusão de uma nova opção terapêutica para pacientes adultos (acima de 18 anos) com lúpus eritematoso sistêmico (LES) que não apresentam resposta adequada às terapias convencionais. O objetivo é analisar a possível incorporação da alternativa ao rol de coberturas obrigatórias dos planos de saúde.

O lúpus eritematoso sistêmico é uma doença autoimune, inflamatória e crônica, de natureza multissistêmica, com manifestações clínicas variadas e imprevisíveis. Pode afetar múltiplos órgãos, como pele, articulações, rins, pulmões, coração e cérebro, e apresenta alta predominância em mulheres em idade reprodutiva.

Entre os sintomas mais comuns estão fadiga intensa, dores articulares, febre, perda de peso, lesões cutâneas e alterações nos rins. De acordo com estudo realizado com pacientes brasileiros, cerca de 33,3% precisaram se aposentar precocemente ou estiveram em licença médica em razão das limitações impostas pela doença.

“É importante lembrar que o lúpus não tem cura, mas tem controle. E esse controle exige o uso de medicamentos por longos períodos, o que nem sempre é simples”, afirma o médico reumatologista Dr. Odirlei André Monticielo, professor associado do Departamento de Medicina Interna da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e coordenador da Comissão de Lúpus da Sociedade Brasileira de Reumatologia. “Em alguns casos, mesmo com o tratamento convencional, os sintomas continuam ativos e o risco de lesão permanente em órgãos vitais aumenta”.

Por que e como participar da Consulta Pública?

Segundo o Dr. Monticielo, a Consulta Pública representa um canal de escuta aberto pela ANS para que qualquer pessoa possa contribuir com a análise da proposta, compartilhando experiências, evidências, dificuldades enfrentadas no tratamento ou considerações sobre o impacto do lúpus eritematoso sistêmico no cotidiano.

“A contribuição social nesse momento é valiosa. Ao compartilhar realidades, ampliamos o entendimento sobre as necessidades de quem vive com lúpus e ajudamos a construir uma política de saúde mais sensível à diversidade de perfis e situações clínicas”, conclui o especialista.

Profissionais de saúde, pacientes, familiares e a população em geral podem enviar contribuições à consulta pública n° 158, que ficará aberta até 29 de julho de 2025.

Os interessados em participar podem:

  1. Acessar o site: https://componentes-portal.ans.gov.br/link/ConsultaPublica/158;
  2. Ler o relatório COSAÚDE e documentos de apoio da UAT 163 para entender os critérios e evidências científicas de belimumabe avaliadas;
  3. Clicar em “Consulta pública nº 158 – Contribua agora”;
  4. Preencher dados e tipo de contribuinte e selecionar a primeira recomendação preliminar sobre tratamento com belimumabe para lúpus. Em seguida, incluir a opinião e justificativa;
  5. Clicar em “Incluir contribuição” e, em seguida, em “Enviar contribuições”.


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