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Inflação teimosa e juros elevados pressionam economia brasileira
Economistas estimam inflação de 4,45% em 2026, com Selic em 15%, maior nível em quase 20 anos. O cenário de inflação persistente e juros elevados dificulta o crescimento e pressiona a dívida pública.

Economistas privados consultados pelo Banco Central do Brasil (BCB) prevêem inflação de 4,45% para 2026, reduzindo levemente o patamar anterior de 4,50%. O Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa Selic para 15%, o nível mais alto em quase duas décadas.
A expectativa é que a inflação permaneça acima da meta de 3%, com projeções de 5,1% para 2025 e 3,7% em 2026. A combinação de juros elevados e inflação persistente impõe desafios à retomada do crescimento econômico e pressiona o endividamento público.
Segundo Angelo Toyokiti Yasui, pró-reitor do Centro Universitário Paulistana – UniPaulistana, a elevação da Selic tem impacto direto nos juros reais e no crédito. “A inflação, um problema crônico que assusta o país, demonstra resistência em ceder […] uma política monetária restritiva, caracterizada pela elevação da taxa básica de juros, a Selic”, afirma.
A taxa Selic em alta pressiona o crescimento econômico e agrava a situação da dívida pública, mesmo com arrecadações em alta. A fragilidade da gestão fiscal e a dificuldade de controlar gastos impedem o equilíbrio das contas governamentais.
No plano externo, a falta de confiança no ambiente de negócios diminui o apetite de investidores estrangeiros, reduzindo o fluxo de investimento direto no país.
Em meio ao cenário, o governo avalia adotar medidas como controle de preços, estoques reguladores, taxação de exportações e intervenção nos combustíveis, mas especialistas alertam que essas ações podem gerar distorções de mercado e prejudicar as finanças públicas.
Sem uma estratégia econômica de longo prazo, baseada em reformas estruturais, responsabilidade fiscal e atração de investimentos, o Brasil permanece vulnerável a incertezas e vulnerabilidades econômicas.
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