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Centro de Declaração de Óbitos ajuda famílias em momentos de luto em Manaus

O Centro de Emissão de Declaração de Óbitos (Cedo), da Prefeitura de Manaus, completa cinco anos com mais de 6,4 mil atendimentos. Criado durante a pandemia, o serviço emite declarações de óbito por causas naturais em domicílios da capital e áreas ribeirinhas, garantindo agilidade, dignidade e suporte às famílias.

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O Centro de Emissão de Declaração de Óbitos (Cedo), da Prefeitura de Manaus, celebra cinco anos de atuação neste mês de maio com um total de 6.422 atendimentos realizados desde a sua criação, em 18 de maio de 2020. Vinculado à Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), o serviço presta apoio essencial às famílias que enfrentam a perda de entes queridos em domicílio, por causas naturais.

Idealizado no auge da pandemia de Covid-19, o serviço surgiu como resposta emergencial à sobrecarga dos sistemas de saúde e às dificuldades enfrentadas por famílias que, até então, precisavam levar o corpo até uma unidade de saúde para obter a declaração de óbito. Desde então, o Cedo atua com equipes especializadas que se deslocam até os locais para realizar os procedimentos.

“Oferecemos dignidade no momento mais difícil para essas famílias”, afirma Marinélia Ferreira, diretora de Vigilância Epidemiológica da Semsa. Segundo ela, o serviço é realizado por profissionais capacitados, empáticos e preparados para lidar com a dor e o luto das famílias.

Atualmente, o Cedo conta com 25 profissionais, divididos em três equipes, compostas por médicos, técnicos de necropsia, patologia, enfermagem e condutores. Os atendimentos cobrem tanto áreas urbanas quanto rurais, com apoio do Distrito de Saúde Rural, alcançando inclusive comunidades ribeirinhas, via transporte terrestre e fluvial.

Segundo Arlindo França, chefe do centro, o serviço funciona todos os dias, das 8h às 18h, incluindo domingos e feriados, e pode ser acionado pelo número (92) 98842-8437. O primeiro passo das famílias, destaca ele, é registrar um boletim de ocorrência e reunir a documentação necessária, como identidade, CPF, comprovante de residência e cartão do SUS.

No local, a equipe realiza exame físico, coleta de material para testagem de vírus respiratórios e orienta os familiares sobre os trâmites legais, incluindo o registro em cartório. Desde a pandemia, a testagem inclui Covid-19, Influenza A e B, vírus sincicial respiratório, rinovírus e adenovírus — feita com apoio do Lacen-AM.

Para Arlindo, que atua no centro desde sua fundação, a experiência é marcada por empatia e superação. “Nos momentos mais críticos da pandemia, enfrentamos até 24 atendimentos por dia. Mas, graças ao comprometimento da equipe, conseguimos salvar vidas e oferecer suporte digno às famílias”.

O balanço mais recente aponta que, só em 2024, já foram 483 atendimentos, com a maioria das vítimas na faixa etária de 60 a 79 anos. O serviço segue sendo referência na humanização do atendimento à morte, além de colaborar com dados para a formulação de políticas públicas de saúde, com foco no perfil epidemiológico de Manaus.


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