Trending

Narcogarimpo: Como Facções Praticam Crimes Ambientais nas Áreas de Garimpo no Pará

 

O narcotráfico tem impulsionado crimes socioambientais na Amazônia Legal, incluindo a ocupação irregular de terras, extração ilegal de madeira e garimpo clandestino. De acordo com dados da Rede de Observatórios da Segurança (ROS), o Pará registrou 19 casos de crimes ambientais no primeiro semestre de 2024. Essa situação está diretamente relacionada ao avanço de facções no Norte do país, como o Primeiro Comando da Capital (PCC), de São Paulo, e o Comando Vermelho (CV), do Rio de Janeiro.

Desde 2023, a ROS monitora conflitos e crimes ambientais com o objetivo de entender e divulgar a conexão entre segurança pública e meio ambiente. No primeiro semestre do ano passado, o Pará registrou 27 casos, sendo o estado com o maior número de conflitos e crimes socioambientais entre os observados pela organização (Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro e São Paulo), totalizando 51 casos em doze meses.

 

Polícia Federal identificou responsáveis pelos crimes e buscará a responsabilização deles nos inquéritos que serão instaurados

Mesmo com uma redução de 29% em 2024, em comparação ao mesmo período do ano anterior, os números ainda são alarmantes, pois os danos são muitas vezes irreversíveis. Segundo Lucas Moraes, pesquisador da Rede de Observatórios da Segurança (ROS), o crime socioambiental tem ganhado uma nova especialidade, conhecida como "narcogarimpo". Moraes explica que o controle das rotas de escoamento de drogas permite que os grupos criminosos também invistam na exploração de recursos naturais e na cobrança de taxas.

 

*Com informações da Cenarium.

Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem