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Indústria aposta na redução de plástico em embalagens
Redução de plástico em embalagens contribui para boas práticas de sustentabilidade industrial e evita o descarte de 17 toneladas de matéria plástica por ano

A substituição de materiais plásticos em embalagens tem ganhado força no setor industrial como uma das principais estratégias para reduzir o impacto ambiental da cadeia produtiva. Recentemente, a empresa CLAMPER, especializada em dispositivos de proteção contra surtos elétricos, iniciou um processo de reformulação de suas embalagens com o objetivo de adotar soluções mais sustentáveis. A mudança, iniciada em abril de 2023, já contempla a embalagem de um dos produtos mais comercializados da empresa: o Dispositivo de Proteção contra Surtos (DPS) para quadro elétrico, o CLAMPER Front.
As embalagens, antes feitas de blister plástico, foram substituídas por embalagens de papel com certificação Forest Stewardship Council (FSC), selo que garante que a matéria-prima provém de florestas manejadas de forma responsável. O material utilizado é composto por fibras longas de madeira de pinus, uma fonte renovável que dispensa o uso de filmes plásticos, permitindo também reciclagem e repolpagem, ou seja, o reaproveitamento junto a outros papéis.
A estimativa da empresa é que, com a substituição, aproximadamente 17 toneladas de plástico deixem de ser utilizadas anualmente. Essa redução contribui diretamente para a redução de resíduos sólidos descartados no meio ambiente, especialmente em um cenário global em que o plástico representa um dos maiores desafios ecológicos. Segundo relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), mais de 430 milhões de toneladas de plástico são produzidas todos os anos, das quais apenas cerca de 9% são recicladas.
Para Mariana Ribeiro, gerente de Marketing da CLAMPER, a mudança vai além da embalagem: “A escolha pelo papel foi feita para contribuir com a cadeia de sustentabilidade. Com origem renovável e 100% reciclável, as novas embalagens são uma alternativa sustentável para itens de origem fóssil, como é o caso do plástico”, afirma. Ribeiro ainda reforça que a reformulação promovida também incluiu mudanças no layout gráfico das embalagens, buscando otimizar a experiência do consumidor, facilitar a identificação dos produtos e aprimorar a comunicação no ponto de venda.
A adoção de práticas mais sustentáveis está diretamente ligada aos princípios Ambiental, Social e Governança (ESG) — conjunto de critérios cada vez mais observados por investidores, consumidores e órgãos reguladores. No âmbito ambiental, medidas como a troca de embalagens plásticas por materiais recicláveis são consideradas essenciais para a redução da pegada ecológica das empresas. No quesito social, consta nas embalagens, no modelo caixa, a escrita em braille para facilitar a comunicação com as pessoas com perda parcial ou total da visão.
Além dos benefícios ambientais, ações dessa natureza também favorecem a reputação e a competitividade das organizações, que passam a atender às demandas de um mercado consumidor cada vez mais atento à origem, durabilidade e descarte dos produtos que consome. De acordo com um levantamento da BASF, empresas que investem em soluções sustentáveis para embalagens não apenas reduzem custos logísticos e operacionais a longo prazo, como também ganham vantagem competitiva ao oferecer produtos alinhados com os valores ambientais de seus públicos.
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