Reforma Tributária acelera atualização de ERPs

O novo modelo tributário brasileiro prevê adequação de sistemas de gestão empresarial. O processo envolve atualização de softwares de emissão fiscal e controle contábil.
Reforma Tributária acelera atualização de ERPs

A Reforma Tributária entra em vigor a partir do próximo ano, mas já está movimentando o dia a dia das empresas brasileiras. O novo modelo fiscal exigirá muito mais do que adequações conceituais: será necessário rever processos internos, atualizar sistemas e garantir que o Enterprise Resource Planning (ERP) esteja preparado para interpretar e aplicar as novas regras de maneira segura e automática.

Um estudo da PwC revela que 85% das empresas consideram que os requisitos de compliance se tornaram mais complexos nos últimos três anos, enquanto 77% afirmam que essa complexidade já impacta cinco ou mais áreas do negócio. Outro levantamento, dessa vez um relatório da Deloitte, revela que os gastos com conformidade regulatória cresceram mais de 60% em diversos segmentos. Na prática, o cenário evidencia que a adaptação ao novo modelo fiscal não é apenas uma exigência legal, mas um desafio operacional que exige sistemas robustos adequados.

Para Guilherme Sallati, Diretor de Operações da Upper, consultoria Gold Partner da SAP há mais de 19 anos com mais de 500 projetos de SAP Business One, o impacto é profundo. "A Reforma Tributária muda a forma como as empresas funcionam no dia a dia. Se o ERP não estiver atualizado, a operação trava. É emissão fiscal incorreta, informação desalinhada, atraso em pedidos e isso afeta o cliente, o fornecedor e a saúde do negócio", explica.

Segundo Sallati, muitas organizações ainda subestimam o esforço necessário para essa virada. "Estamos falando de uma transformação real. E quem deixar para a última hora vai correr riscos", reforça. Ele destaca que a adequação exigirá revisão de regras fiscais, atualização de automações e integração entre áreas, formando um novo arcabouço operacional.

O executivo também aponta que o período de transição pode ser uma oportunidade estratégica. "Modernizar o ERP agora não é só sobre cumprir a lei, é sobre ganhar produtividade, reduzir erros e colocar a empresa em outro nível de gestão. A tecnologia precisa trabalhar a favor do negócio", explica.

Para Sallati, com a transição completa prevista até 2033, o relógio já começou a correr. "Entender a legislação é importante, mas garantir que o ERP esteja pronto é o que vai definir quem atravessará essa mudança com solidez", finaliza.


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