O governador de Alagoas, Paulo Dantas, foi eleito por unanimidade como o novo presidente do Consórcio Nordeste para o ano de 2026. A escolha ocorreu durante a Assembleia Geral de Governadores e Governadoras do Nordeste, em Teresina, evento que consolidou um novo patamar de desenvolvimento para a região, impulsionado pela tecnologia e pela transição ecológica. Ele sucede o governador do Piauí, Rafael Fonteles, cujo mandato teve início em fevereiro deste ano.
Ao assumir a liderança do bloco, Dantas destacou que o Nordeste vive um "ciclo de oportunidades" inédito e firmou o compromisso de manter a unidade dos nove estados para transformar o potencial da região em qualidade de vida real para a população. Dantas também assegurou que os projetos bem-sucedidos terão continuidade. Ele também agradeceu aos gestores que integram o Consórcio.
"Vamos continuar fazendo um trabalho com integração entre os nove estados do Nordeste, em rede colaborativa e de maneira transversal, para garantirmos um planejamento estratégico capaz de promover desenvolvimento", declarou Dantas.
O governador de Alagoas destacou ainda os projetos que devem pautar seu mandato, voltados ao fortalecimento do desenvolvimento econômico e social da região, envolvendo áreas como inteligência artificial, turismo, infraestrutura, logística, ciência, tecnologia e inovação, energia limpa e descarbonização, entre outros.
O Consórcio
O Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável do Nordeste (Consórcio Nordeste) é uma autarquia interfederativa formada pelos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe, com o objetivo de promover o desenvolvimento sustentável da região.
Criado para funcionar como ferramenta de gestão a serviço dos interesses comuns dos governos estaduais, o Consórcio também atua como articulador de pactos em torno de políticas públicas que contribuam para superar preconceitos e desigualdades, além de fortalecer valores de respeito às pessoas e à biodiversidade do Nordeste.
"Na nossa região, temos energia limpa, temos gente trabalhadora, temos potencial produtivo, temos avanços sociais consistentes, temos inovação, ciência e tecnologia e, acima de tudo, temos um pacto federativo que precisa estar presente, baseado no diálogo e na responsabilidade. Este é o espírito que nos trouxe aqui e é com esse mesmo espírito que seguiremos juntos em 2026", afirmou o novo presidente.
Nova Indústria Brasil
Na ocasião da Assembleia Geral dos Governadores e Governadoras do Nordeste, o Consórcio divulgou que o Nordeste garantiu a aprovação de 189 projetos estruturantes que somam R$ 113 bilhões em investimentos em projetos de inovação, reindustrialização e desenvolvimento sustentável. O resultado dos projetos selecionados da Chamada Pública da Nova Indústria Brasil (NIB) contempla propostas dos nove estados nordestinos e é quase 11 vezes superior à estimativa inicial de R$ 10 bilhões.
A Chamada Nordeste é fruto de uma articulação inédita de fomento, construída entre os bancos públicos federais — Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Banco do Brasil (BB), Caixa Econômica Federal (Caixa), Banco do Nordeste (BNB) — e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), com apoio técnico da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) e do próprio Consórcio Nordeste.
As 189 propostas selecionadas são destinadas às cinco áreas estratégicas da chamada: transição energética com foco em armazenamento, 59 propostas; bioeconomia com foco em fármacos, 39 projetos; hidrogênio verde, 44 projetos; data center verde, 40 iniciativas; e setor automotivo, incluindo máquinas agrícolas, com 37 projetos. A lista das propostas selecionadas está disponível clicando aqui.
Das propostas selecionadas, 74% são de micro, pequenas e médias empresas, 32% foram projetos em consórcio com outras empresas e 77% envolveram a cooperação com instituições de ciência e tecnologia. Empresas não aprovadas também serão procuradas para avaliação de oportunidades.
Segundo o presidente da Finep, Luiz Antônio Elias, a Chamada Nordeste é um marco. "Ela fortalece políticas públicas, promove inovação, amplia a competitividade regional e contribui para a redução das assimetrias históricas que ainda marcam o país. De forma inédita, teremos recursos de subvenção econômica de caráter exclusivamente regional. São recursos não reembolsáveis para que o estado compartilhe o risco da inovação com o setor privado", afirmou o executivo.
A próxima etapa será a estruturação de Planos de Suporte Conjunto (PSC) para as propostas selecionadas. O objetivo do PSC é servir como um guia, ajudando as empresas a recorrerem às linhas e instituições mais adequadas a cada proposta.
Os PSC serão concluídos ainda em dezembro, antecipando o prazo originalmente previsto, e enviados aos contatos cadastrados. Após receberem o PSC, as empresas devem encaminhar os projetos para análise, aprovação e contratação. As propostas selecionadas seguirão o fluxo usual de tramitação de operações no âmbito das instituições financeiras que participam da Chamada, o que inclui análise técnica, financeira e jurídica dos projetos.
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