Brasil
Governo Lula avalia suspender cooperação militar como resposta às ações de Israel contra palestinos
O governo Lula avalia suspender cooperação militar com Israel, classificando ações em Gaza como genocídio. Medida seria alternativa ao rompimento diplomático.

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva estuda romper relações militares com Israel como forma de protesto contra os ataques à população palestina na Faixa de Gaza, classificados como genocídio pelo Executivo brasileiro. A informação foi confirmada pela Assessoria Especial da Presidência da República, em meio ao agravamento da crise humanitária na região.
Segundo o assessor-chefe Celso Amorim, ex-chanceler e representante direto do presidente, o Brasil precisa adotar medidas coerentes com os princípios humanitários e do direito internacional.
“A escalada dos massacres em Gaza, com milhares de civis mortos, incluindo crianças, constitui verdadeiro genocídio. O Brasil deve se posicionar com coerência”, afirmou Amorim à Agência Brasil.
Movimento internacional de boicote
As discussões no Brasil seguem a lógica do movimento BDS (Boicote, Desinvestimento e Sanções), liderado por palestinos. O BDS defende a pressão internacional contra Israel por meio de embargos econômicos, acadêmicos e militares, em protesto contra a ocupação da Cisjordânia e o bloqueio à Faixa de Gaza desde 2007.
Israel, por sua vez, considera o movimento como uma ameaça à sua existência e afirma que o boicote tem caráter antissionista e econômico, que visa deslegitimar o país.
Contexto humanitário
Desde o início da atual ofensiva militar de Israel contra Gaza, milhares de civis palestinos morreram, segundo dados de agências humanitárias. O Brasil tem condenado a violência em fóruns internacionais e defende uma solução diplomática com dois Estados, reconhecendo o direito à existência de Israel e o direito do povo palestino a um Estado soberano.
*Com infomações:
Agência Brasil – Matéria original
ONU – Situação humanitária na Faixa de Gaza
BDS – Site oficial do movimento
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