Tendo em vista a segurança de motoristas de aplicativo e da população que utiliza serviços de mobilidade urbana para se deslocar no dia a dia, a Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) alerta motoristas e usuários acerca dos cuidados necessários para evitar que se tornem vítimas de criminosos.
No dia 6 de novembro deste ano, policiais civis do 3° Distrito Integrado de Polícia (DIP) prenderam um homem, de 25 anos, que se passou por motorista de aplicativo e cometeu os crimes de roubo e estupro contra uma passageira, de 36 anos. O que tornou o caso ainda mais grave foi o fato de o suspeito ter alugado a conta de um motorista na plataforma.
Diante da repercussão do caso, a PC-AM emite um alerta à população sobre os cuidados necessários para os passageiros, além dos graves riscos que o aluguel de contas representa para os motoristas cadastrados.
A delegada Elizabeth de Paula ressaltou que as corridas por aplicativo são uma modalidade que veio para ficar, em um mundo cada vez mais dinâmico. Entretanto, pessoas mal-intencionadas têm utilizado o serviço para praticar golpes e outros crimes mais graves.
“É importante dar visibilidade para estes casos. No 3° DIP, temos atendido vítimas de situações diversas, tais como ameaças, injúrias, constrangimento por coação, golpes que causam prejuízos às vítimas e, os mais alarmantes, como o caso de roubo e estupro, recentemente investigado pela nossa equipe”, relatou a delegada.
Aluguel de contas
Conforme Elizabeth de Paula, em relação ao caso de roubo e estupro, as investigações revelaram que o autor estava utilizando a conta de outro motorista, por meio de aluguel. A prática tem se tornado comum e acende um alerta tanto para motoristas oficiais quanto para usuários de transporte por aplicativo.
“No decorrer das diligências para identificar o indivíduo, verificamos que a conta utilizada por ele já havia sido alugada por outras três pessoas. Por isso, é importante ressaltar aos usuários que sempre confiram se os dados básicos apresentados pela plataforma, como modelo e placa do veículo e identificação do motorista, correspondem”, afirmou.
A autoridade policial orientou ainda que, caso as informações não estejam de acordo, os passageiros devem cancelar a corrida e comunicar a plataforma imediatamente.
“Quanto à responsabilidade criminal dos donos das contas alugadas para terceiros, eles responderão na medida de sua culpabilidade, de acordo com o que for constatado em cada caso e dependendo do crime cometido pelo indivíduo que utilizou a conta”, explicou Elizabeth.
A delegada alertou ainda sobre os riscos, sobretudo para mulheres, ao utilizarem corridas por aplicativo desacompanhadas ou durante a madrugada, recomendando cautela redobrada para evitar situações de vulnerabilidade.
Denúncias
Caso seja vítima de algum crime durante as corridas, além de notificar a plataforma, é fundamental comunicar o fato à Polícia Civil, por meio do registro do Boletim de Ocorrência (BO).
“O registro do BO pode ser feito na delegacia mais próxima. Ele é crucial para que o caso seja devidamente apurado. Em situações menos graves, o registro permite o encaminhamento ao Juizado Especial Criminal, visando responsabilizar os motoristas infratores”, destacou Elizabeth de Paula.
Além das denúncias presenciais, as vítimas podem registrá-las pelos números: (92) 99331-3336, disque-denúncia do 3° DIP; 197 e (92) 3667-7575 da PC-AM; e 181, da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM).
O BO também pode ser registrado on-line pelo site da Delegacia Virtual (Devir): https://delegaciavirtual.sinesp.gov.br/portal/.
FOTOS: Beatriz Sampaio e Erlon Rodrigues/PC-AM.