O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, anunciou sua demissão nesta quarta-feira (1º de maio de 2025), em meio à crise gerada por uma fraude bilionária em benefícios do INSS. A decisão ocorre em um momento de forte pressão política, após o vazamento de investigações que revelaram o envolvimento de servidores e empresários em um esquema de desvio de recursos da Previdência.
A fraude foi revelada pela Controladoria-Geral da União (CGU), com apoio da Polícia Federal, indicando que o rombo pode ultrapassar R$ 1 bilhão. As investigações apontam a concessão irregular de benefícios previdenciários falsos, usando documentos forjados.
Lupi se antecipa a possível exoneração
Segundo fontes do Palácio do Planalto, a saída de Lupi foi uma tentativa de evitar a exoneração direta pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O ministro já estava fragilizado politicamente após semanas de desgaste com a base aliada e pressões do Congresso.
Lupi, que também é presidente licenciado do PDT, entregou uma carta ao presidente, alegando que sua saída visa “preservar a governabilidade e permitir a apuração plena dos fatos”.
INSS sob auditoria
Com a crise, o governo federal anunciou um plano emergencial de auditoria interna no INSS, com a revisão de milhares de benefícios concedidos nos últimos anos. A Ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck, foi designada para coordenar uma força-tarefa interministerial com apoio da Receita Federal, Tribunal de Contas da União (TCU) e da Abin.
Reação política e sucessão
A oposição já pediu a instalação de uma CPI da Previdência, enquanto setores da base defendem que o novo titular do Ministério seja indicado com perfil técnico, fora da cota partidária. O governo ainda não anunciou o substituto de Lupi, mas especula-se que um nome do PSB esteja sendo considerado.
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