Connect with us

Economia & Negócios

Chocolate mais ‘amargo’: com ovos mais caros, varejo espera queda de 1,4% na Páscoa

Ainda assim, vendas na Semana Santa devem movimentar R$ 3,36 bilhões

Publicado

em

                                    <audio controls class="b61_audio_player" data-noticia="81414" src="https://brasil61.com/rails/active_storage/blobs/eyJfcmFpbHMiOnsibWVzc2FnZSI6IkJBaHBBMUpJQXc9PSIsImV4cCI6bnVsbCwicHVyIjoiYmxvYl9pZCJ9fQ==--6407deebd1522483b8cb1955f487a91a6e02072f/BRAS2513810A"></audio>
                                <p>Mesmo com a tradição e o apelo emocional da data, o coelhinho da Páscoa vai ter que rebolar em 2025. O <strong>varejo deve movimentar R$ 3,36 bilhões neste feriado, uma queda de 1,4% em relação ao ano passado</strong>, segundo levantamento da <a href="https://portaldocomercio.org.br/">Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC)</a>. O motivo? O <strong>chocolate — protagonista absoluto da celebração — está mais caro do que nunca</strong>.</p>

O economista César Bergo explica que são três os fatores que fizeram com que a matéria-prima do doce, o cacau, atingisse preços recordes no mercado internacional.

“As questões climáticas na África atingiram diretamente os maiores produtores do mundo — 70% da produção de cacau vem dessa região, da África —  e caiu a produção. O segundo fator é o aumento da demanda, então houve uma demanda aquecida no mundo inteiro pelo chocolate e, aliado a essa queda de produção, fez com que o chocolate atingisse preço recorde no mundo inteiro. E o terceiro, no Brasil, é uma pequena queda de produção também nos estados produtores, Bahia e Pará”, explica o economista.

O resultado chega direto às gôndolas brasileiras em forma de ovos de Páscoa mais caros – e menores.

Preço salgado para mais itens da cesta de Páscoa 

Mas não foi só o chocolate que sentiu o impacto nos preços. Itens típicos da celebração cristã também ficaram mais salgados. O azeite, usado tanto em receitas quanto em pratos prontos, teve alta de 17,24% em 12 meses, segundo o IBGE. As secas históricas nos principais países produtores da Europa, como Espanha e Grécia, tiveram impacto importante na inflação do produto. 

Já o bacalhau, peixe nobre também importado de países frios, como a Noruega, subiu em média 9,6%, segundo a Confederação Nacional do Comércio (CNC), puxado pelo aumento nos custos de importação e pelo dólar instável.

Reduflação

Para manter a tradição e deixar o mercado aquecido no período da Semana Santa, pequenos empreendedores e a grande indústria apostam na reduflação — um  mecanismo da economia em que o tamanho ou a quantidade de um produto diminui, mas o preço permanece o mesmo — ou até aumenta. Trata-se de uma estratégia adotada por muitas empresas para lidar com o aumento dos custos de produção sem elevar diretamente o preço na prateleira.

O economista ainda explica outros artifícios usados para tentar manter os preços e as vendas. “O que a gente pôde observar é que a indústria de chocolate fez uma mudança de mix na produção: reduziu a quantidade de cacau, fizeram produtos diferenciados e também reduziram o tamanho dos ovos”, conta Bergo. 

Para o consumidor, a boa e velha estratégia de pesquisar e comparar preços continua valendo para qualquer produto da cesta de Páscoa. E se ainda assim pesar no bolso, é a criatividade que precisa falar mais alto, para não frustrar a criançada e nem a fatura do cartão de crédito. 
 

                                <img src="https://brasil61.com/api/v1/serve_pixel/17173/81414" alt="Pixel Brasil 61" class="b61_pixel" width="0" height="0">

Descubra mais sobre Blog do Amazonas

Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.

Continue Reading
Click to comment

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *